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História

História de Antonina do Norte

Teve seu povoamento originado do expansionismo colonial brasileiro dos séculos XVII e XVIII, veio em busca de pastos para a criação de bovino.

O município de Antonina do Norte, portanto, teve sua origem da Fazenda Mocambo. Por volta do ano de 1942, D. Joana da Silva Mota, vende a sua parte do terreno ao Sr. Antônio Delvino da Silva que foi a primeira liderança política do estado.

Em 1954, quando o povo de Mocambo (antigo nome da cidade) indicou o Sr. João Batista Arrais como candidato a vereador, o qual não se elegeu por falta de apoio dos chefes políticos de Saboeiro, na época foi iniciado o movimento de liberdade da vila.

Foi instalado como município em 11 de dezembro de 1960, com a posse do primeiro prefeito o Sr. João Batista Arrais.

0 Município de Antonina do Norte, denominou-se anteriormente Mocambo. Foi criado em 08 de maio de 1958, e possui as características do Planalto de Inhamuns. Religiosamente depende da Paróquia de Saboeiro.

Gentílico: antonino ou antoninense.

Perfil Geográfico, Populacional e Econômico

FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA

Distrito criado com a denominação de Mocambo, pela Lei Municipal nº 3338, de 1509-1956, subordinado ao município de Aiuaba.

Elevado à categoria de município com a denominação de Antonina do Norte, pela Lei Estadual de 4077, de 08-05-1958, desmembrado de Aiuaba.

Pela Lei Estadual nº 7151, de 14-01-1964, é criado o distrito de Tabuleiro e anexado ao município de Antonina do Norte.

Pela Lei Estadual nº 7151, de 14-01-1968, o município é constituído de 2 distritos: Antonina do Norte e Tabuleiro, assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.

POPULAÇÃO DE ANTONINA DO NORTE-CEARA, COM BASE NO CENSO DEMOGRÁFICO DE 2010.

HOMENS   – 3.344

MULHERES  –  3.640

TOTAL   – 6.984

POPULAÇÃO RURAL   –   1.985

POPULAÇÃO URBANA  – 4.999

ORIGEM DA RELIGIOSIDADE CATÓLICA DE ANTONINA DO NORTE

A origem da religiosidade católica do povo de Antonina do Norte, cidade localizada na Região do Ceará, conhecida como Cariri Oeste, remete a uma época pouca conhecida por seus moradores, sabendo se que está intimamente ligada à devoção a seu padroeiro
Santo Antônio. Apesar disso, as entrevistas de alguns moradores nos forneceram informações preciosas sobre o surgimento da Religião Católica em Antonina do Norte. As afirmações abaixo são fruto dessas entrevistas.

A devoção a Santo Antônio está ligada às famílias de seu Nelito e do Senhor Ezequiel, ambos moradores de Antonina do Norte. Foi iniciada quando ainda não era povoado , segundo alguns moradores da comunidade, onde os membros dessas duas famílias fizeram uma promessa, pedindo chuva a Santo Antônio, tendo sido atendidos.

É comum, no Nordeste brasileiro, as pessoas recorrem aos santos católicos para pedir chuva, tendo em vista a localização geográfica que não permite invernos tão constantes como em outras regiões do Brasil.

A partir daí ficou decidido que a família do Senhor Ezequiel ficaria responsável pela organização da primeira noite de novena, retirada do pau da bandeira, até a celebração da novena com a participação de toda a comunidade. Assim, cada membro da família ficava responsável pelo “noitão”, ou seja, cada um se responsabilizava pelas novenas que se estendiam do dia 01 a 13 de junho. Durante a trajetória do pau da bandeira, desde a mata até a frente da capela, as pessoas rezavam ao som da banda Cabaçal.

DEVOÇÃO A SANTO ANTÔNIO EM ANTONINA DO NORTE CE

A vida de Antonina do Norte tem a marca do padroeiro Santo Antônio. A devoção ao Santo iniciou se através da senhora Francisca Pereira de Amorim, conhecida como Chica velha. Mulher feita, solteira, morava com seu irmão senhor Ezequiel Pereira de Amorim.
Segundo depoimento de uma moradora local, Francisca era muito devota de Santo Antônio, chegando a rezar todos os dias ao mesmo. Vejamos o depoimento:
“Francisca guardava consigo, em uma caixa de fósforos uma pequena imagem de Santo Antônio feita de porcelana com a qual todo dia ela fazia suas preces e agradecimentos, daí em então começou a realização das novenas nesta residência” (Dona Laurinda).
Com festa, reza e comida para os convidados, no decorrer dos anos os moradores foram vindo para a trezena de Santo Antônio, realizada do dia 01 a13 de junho. A primeira Missa celebrada ao santo, no entanto, aconteceu em 06 de junho de 1936 na Fazenda Mocambo, no alpendre da Casa Grande, comum para o estilo da época.

No ano 1938, veio um vigário da Paróquia Nossa Senhora das Dores da cidade de Assaré, a 17 km de Antonina, iniciar a construção de uma capela para Santo Antônio, atendendo a um pedido do Padre Agamenon de Matos Coelho, tudo por uma promessa atendida pela família de Ezequiel. Para dar inicio a construção da capela, os devotos receberam a doação de um terreno dado pelo Senhor Manoel Mota. E com a venda de 40 arroubas de algodão, na época o ouro branco do Ceará, feita por Ezequiel Pereira, deu se inicio à construção da capela.

No ano de 1950, foi organizada a primeira festa do padroeiro Santo Antônio (com a capela construída), dando inicio com a busca do pau da Bandeira de Santo Antônio, momento de maior atividade religiosa na comunidade, que contava com a presença de um Padre. Era, também, o tempo das únicas festas dançantes que ocorriam na comunidade de Mocambo. E foi Ezequiel Pereira de Amorim o primeiro organizador.

Quando os homens iam buscar o pau da Bandeira na Serra dos Almeidas a cerca
de 05 km de Antonina, entravam na mata e só voltavam trazendo , nos ombros, o pau procurado. Eram duas filas de homens que se revezavam até chegar à capela.
O cortejo era muito grande em todo o percurso. Ainda hoje o pau da Bandeira é trazido da mesma forma.

No entanto, evidências do profano se misturam ao sagrado, para saudar o Santo do local. O trajeto da retirada do pau da Bandeira é regado com bebida alcoólica, embora essa seja uma atividade tipicamente religiosa.

O PRIMEIRO GRUPO FORMADO NA IGREJA

De acordo com o depoimento de Neta Viana, a comunidade não possuía, na época, um padre, pois era o pároco da cidade de Assaré que dava assistência ao povo Antoninense. Adotava doutrina rígida, própria da religião católica daquele período.

No ano de 1980, o padre veio a falecer e a capela ficou mais uma vez sem um líder religioso para conduzir os católicos de Antonina. Porém, foi nomeado o Padre Manoel Alves Feitosa, para assumir os trabalhos junto à capela e aos católicos. De inicio, o padre sentiu a necessidade de mais pessoas para ajudar na evangelização daquela localidade. O Bispo da época, Dom Newton, enviou a irmã Alencar que se tornou um mito para a comunidade. São poucas pessoas que não conheceram os trabalhos da irmã em Antonina.
Irmã Alencar evangelizou as comunidades urbanas e rurais através de mutirões populares, conseguindo, com o apoio da comunidade, a construção de algumas casas que foram doadas aos pobres.

Posteriormente, foram realizados cursos para jovens e senhoras, pois a mesma se destacava com suas mãos de fada na culinária. O primeiro grupo a ser formado foi à Cruzada Eucarística Infantil, tendo como coordenadora Neta Viana e Julia dos Santos. Este grupo atendia às crianças de varias idades de qualquer nível social.

A IGREJA NOS DIAS ATUAIS

Está implantada na paróquia a Pastoral do Dízimo que conta com mais de 800 dizimistas; a Pastoral da Criança; Grupos de estudo Bíblico; Pastoral do Idoso; Grupo de oração; Diversos grupos de canto; Infância Missionária; catequese, etc.

No ano de 2005 chegaram para ajudar nos trabalhos pastorais, as irmãs Inês e Francisca, que trataram logo de formar uma associação sem fins lucrativos com o objetivo de orientar os jovens a fazerem trabalhos artesanais que eram comercializados e geravam fonte de renda na comunidade com o apoio da Congregação Nossa Senhora do Sagrado Coração.

Em 2006 o Padre Joaquim Ivo, que era o pároco, junto com D. Fernando, viu a necessidade de enviar um padre para Antonina. Em dezembro do mesmo ano, chega a comunidade de Antonina o Padre Fabiano, na esperança de transformar a Capela em Paróquia, sonho já antigo dos devotos de Santo Antônio.

Em março de 2008 as irmãs foram transferidas, através de solicitação feita pela congregação a qual pertencem. Apesar das dificuldades encontradas, padre Fabiano desenvolveu vários trabalhos com o apoio dos leigos e missionários.

A festa do padroeiro Santo Antônio foi uma prova concreta da realização do seu trabalho, onde obteve uma renda com um numero bem expressivo diante da situação em que se encontrava o município. Essa também é a prova da devoção de um povo que mesmo diante das dificuldades busca, na fé, uma saída.

Em 29 de agosto de 2008 com apenas 6 dias de ordenado foi apresentado aos fiéis de Antonina seu novo vigário Pe. César Retrão que iria conduzir como pastor os trabalhos pastorais da comunidade dali em diante.

Os trabalhos foram se desenvolvendo aos poucos com muito discernimento já em vista de motivar a comunidade para elaborar o projeto de criação da paróquia e enviar ao bispo para que ele criasse a Paróquia Santo Antônio de Antonina do Norte CE. Para alegria do povo católico e do Pe. César Retrão no dia 13 de junho de 2010 Dom Fernando criou oficialmente a Paróquia Santo Antônio que já completou seu 1º ano de existência.
Nesse ano de 2011, Antonina do Norte completou 53 anos de emancipação política e 61 anos da festa do padroeiro Santo Antônio, tendo como pastor da sua diocese o Bispo Dom Fernando Pânico, um italiano que atualmente é o Bispo Diocesano de Crato que está na Região do Cariri. À frente dos trabalhos da paróquia de Antonina, a mais de três anos, está o Padre Francisco César Pereira Retrão, primeiro administrador paroquial desta paróquia.